Tuesday, January 3, 2017

BRASILEIRAS CRIATIVAS SE REINVENTAM E MUDAM DE PROFISSÃO NOS EUA

Morar fora do Brasil é um sonho para muita gente. Muitas pessoas vem para os Estados Unidos para passear, se apaixonam e acabam ficando. Outras vem para estudar ou acompanhando o marido que foi transferido por causa do trabalho. Mas alguns obstáculos fazem com que essas mulheres tenham que mudar o ramo do trabalho por não terem o visto adequado, por não terem feito faculdade aqui, ou pelo fato do diploma brasileiro não ser válido aqui. Além disso, ainda existe as que ousam e decidem tentar trabalhar em algo que já tinham interesse. A Curitibana Patrícia Beraldi Gonçalves era advogada no Brasil e virou cake designer em Nova York. “comecei a decorar bolos como hobby, pois não podia exercer a profissão de advogada nos EUA sem fazer a prova do BAR, o equivalente ao exame da OAB no Brasil. Para você poder exercer a profissão de advogado nos EUA, tem que fazer essa prova”, diz ela. Nunca passou pela cabeça da brasileira atuar na área porque não tinha nenhuma habilidade na cozinha. Morando aqui há quase 6 anos, Patrícia diz que se algum dia voltar a morar no Brasil ela pretende conciliar a advocacia com a nova empreitada dos bolos. “Sinto muita falta de advogar, sinto falta de estudar, de criar e defender uma tese, de escrever! Hoje fico muito feliz quando vejo o resultado final de um trabalho artesanal, e o sorriso de satisfação do cliente. E isso tudo sem precisar encarar um juiz!”. Já Christiane Brasileiro mudou de profissão porque estava entediada com o trabalho intelectual de tradutora. Mudou para Nova York e virou Chef. “Queria dar vazão ao meu lado criativo. Sempre cozinhei, sempre gostei muito. No Brasil, por um breve período, tive um buffet em sociedade com uma amiga. Mas precisava aperfeiçoar minhas técnicas culinárias, me profissionalizar”, afirma Christiane. Ela conta que não sente falta do trabalho antigo e que hoje se satisfaz muito mais. “Amo a culinária. Me fascina buscar o aperfeiçoamento de minha arte e a possibilidade de usá-la para congregar as pessoas. Letras é passado para mim”, conclui. A ex-Head Hunter hoje investe em outra carreira. Camila Xavier mudou para Nova York e decidiu abrir um pequeno negócio. A mudança aconteceu pelo fato dos salários na área em que ela atuava não serem muito atrativos. “Mudei porque os salários na minha área aqui não me agradavam e por eu ter diploma do Brasil. Então não era vista como senior aqui.”, diz Camila. O novo negócio está um sucesso, mas mesmo assim ela fala que sente muitas saudades do que fazia no Brasil. Camila fala que nunca imaginou fazer o que faz hoje, e que se voltar a morar na terra natal com certeza irá fazer o que fazia antes. “Amo a área de Recursos Humanos! Adoro trabalhar em equipe, gerenciar pessoas, participar de reuniões e ter metas”, finaliza. Silvia D’Ávila era Secretária Executiva no Brasil, mas com formação em Artes Plásticas. “Vim para NY em 2001 com meu marido que foi transferido em 2005 comecei a trabalhar como assistente de designer de joias e há dois anos decidi começar um negocio próprio. Fiz alguns cursos na FIT e montei a minha empresa Iza by Silvia D'Avila Inc.”, conta. Quando o assunto é Brasil, ela diz que com certeza se voltasse a morar lá abriria um negocio lá também. “Até porque já tenho alguma coisa lá informalmente. Acho que nunca imaginei que estaria trabalhando em algo que usasse meu lado artístico, mas isso tudo me encanta e o que realmente me fascina é a liberdade que eu tenho pra trabalhar usar meu tempo criando coisas interessantes ao invés de anotar as ideias dos outros em uma ata”, conclui Silvia.

Natal em Nova York


Provavelmente, muita coisa já foi vista nos filmes. Árvores de Natal, decorações de tirar o folêgo, Papai Noel por toda parte, luzes cintilantes, carrinhos de doces, patinação no gelo e músicas como Jingle Bells e White Christmas tocando nas lojas, esquinas e estações de metrô. Nova York por si só já é espetacular, mas durante o Natal, é ainda mais bonita, mística, acolhedora e surpreendente. É a época em que a cidade costuma oferecer mais do que o habitual. Mais compras, mais shows, mais opções de atividades por todos os lugares.  
E se você ainda não veio à Big Apple, os dois últimos meses do ano são sem dúvida os mais disputados. A cidade fica lotada de turistas, aeroportos abarrotados e o trânsito, ainda mais caótico.  Porém, vale muito à pena, pode acreditar! Não apenas por já estar com temperaturas bem baixas e ter a possibilidade de nevar, mas também devido a decoração natalina que invade as ruas e avenidas criando uma atmosfera mágica e encantadora. São lojas, como a Macy’s, que possui um espaço denominado Santa Land em um dos andares, e a Sacks e Bloomingdales com vitrines incríveis. Além das casas e escritórios com efeites de todos gostos, cores e tamanhos diferentes, espetáculos imperdíveis, como o Radio City Christmas Spectacular e o ballet The Nutcracker também já estão em cartaz. 
Conhecida em todo o mundo por ser o símbolo do Natal na misteriosa Gotham City, a árvore do Rockfeller Center é um verdadeiro show à parte. No último dia 30, o Tree Lighting Ceremony abriu oficialmente o feriado com performances de vários artistas de peso, como Tony Bennett, Josh Groban, Garth Brooks, Sarah McLachlan e Radio City Rockettes. Por ser um dos eventos mais esperados do ano, as ruas precisam ser interditadas por conta das milhares de pessoas que se aglomeram em frente ao Rockfeller para admirar de perto. Enquanto outras se reúnem em bares e restaurantes para assistir e contemplar ao vivo pela TV. Todo esse destaque não é à toa, são mais de 45 mil lâmpadas de LED para iluminar o gigante de 25 metros de altura. No topo, uma estrela feita com cristais Swarovski, que custa em torno de 1,5 milhões de dólares, finaliza a decoracão. A beleza é tanta que compensa ir até lá só para tirar fotos com o pinheiro. E ainda é possível aproveitar e patinar no gelo em uma das pistas de patinação mais bonitas da cidade. 
Outra característica muito especial de Nova York são as feirinhas de rua que são montadas nos parques de Manhattan. O Bryant Park Winter Village e o Union Square Holiday Market são os meus favoritos. Tem uma variedade enorme de comidas, efeites de Natal, sem falar nas opções de presentes para toda a família. E mais uma vez esse ano, um outro parque conhecido por muita gente, o Madison Square Park, vai ser transformar em uma vila gigante com casinhas de biscoito. É a Giant Gingerbread Village! Uma pena que só dura apenas duas semanas. O jeito vai ser se conformar e montar a tradicional casinha de biscoitos miniatura em casa! Para quem nunca viu, elas são vendidas em lojas de departamento e até mesmo em farmácias. É farra garantida entre a criançada!
Morar em Nova York tem dessas coisas. A gente se envolve, mergulha mesmo na cultura adotando os costumes locais. Começa logo depois do feriado de Thanksgiving com a compra do Pinheiro de verdade e com a chegada do Elf, o duende que vem todos os anos para a nossa casa, a mando do Papai Noel, para vigiar as nossas crianças e ter certeza de que eles estão se comportando bem. Todas as noites ele volta para o Pólo Norte para contar ao bom velhinho tudo que aconteceu e retornar na manhã seguinte. Falando em visita, existe algumas opções imperdíveis de passeios de trem para ir até o Polo Norte. Um deles é o Polar Express, um atração inspirada em um clássico dos cinemas, onde um garoto que não acreditava na história de Natal viaja em um trem mágico para receber um presente muito especial do Santa Claus. As crianças viajam de pijamas e tomam chocolate quente enquanto escutam atentas as histórias de Natal.  Nessa época do ano, provavelmente as crianças que moram nos Estados Unidos já enviaram as cartinhas com os pedidos, as casas estão decoradas, os cartões de natal já foram enviados para os amigos e familiares, as compras estão quase no fim e agora, é só deixar a caneca de leite quente e os cookies embaixo da árvore no dia vinte e quarto de Dezembro e esperar que o velhinho barbudo desça pela chaminé. Merry Chistmas to all, and to all a happy new year! 




Thursday, November 3, 2016

TAPIOCA MADE IN NYC

 

Em uma conversa informal em uma das praias do Rio de Janeiro, nasceu a ideia de abrir um negócio em Nova York. Um dos sócios, Luca Bianchi, tinha recém chegado de uma temporada em NYC e junto com Filipe Raposo, percebeu a necessidade de uma opção saudável de alimentação para os americanos. Algo que fosse gostoso e prático ao mesmo tempo. Mais tarde, Elias Abifadel e Rafael Guerra se juntaram ao time de sócios. Assim, surgiu a Oca, um local aconchegante e moderno em um dos bairros mais descolados na cidade, o Soho. O negócio, que é o hit do Brasil, no momento, chegou sem denominação específica. “Nós vendemos alimentação saudável. A tapioca agora é o nosso carro chefe. A proposta sempre foi abrir um local de fácil acesso para quem quer comprar e sair andando pelas ruas da cidade, ou se preferir, sentar e curtir. Se um dia descobrirmos um alimento mais incrível que a tapioca, pode ter certeza que mudaremos o nosso foco”, ressalta Filipe. O menu foi pensado com muito critério e cuidado. A fascinação de Bianchi por alimentos saudáveis, ele herdou da mãe, Silvana Bianchi, uma das top chefs italianas do Brasil. Esse universo resultou em um cardápio saudável e saboroso, que vem trazendo uma reação muito positiva em quem consome pela primeira vez. Aprovada pelos nutricionista como uma excelente substitução do pão para aqueles que querem viver uma vida melhor e mais saudável, a tapioca na Oca é orgância e oferecida em diferentes versões. De acordo com Filipe, a Oca é um espaço com muito diferencial quando o assunto é qualidade e sabor. Ele explica que o Novaiorquino é curioso, ama coisas novas e está cada vez mais amadurecido na questão da alimentação saudável. ”Um ponto interessante é o respeito que o americano tem com o cuidado. Eles percebem facilmente quando a marca é detalhista e isso fortalece o entrosamento com os clientes. Somos muito transparentes no que vendemos. Tanto que o nosso cardápio descreve exatamente quantos gramas tem de cada ingrediente e os valores nutricionais. Informação, precisão e transparência são fundamentais na nossa visão”, conta Filipe. Além da tapioca, o espaço oferece o famoso açaí na tigela. “a tapioca é novidade. Eles piram! O açaí está na cidade há mais tempo, mas o nosso segue o modelo carioca. O mais puro possível. Aqui eles misturam o açaí com grãos e muitas frutas, que acaba enfraquecendo o sabor da fruta’, finaliza. Sobre os projetos futuros, o delivery acabou de ser implementado e a venda no varejo do pacote de farinha de tapioca em pouco tempo estará no mercado. Em breve, quem mora na cidade poderá ver unidades da Oca espalhadas por toda ilha de Manhattan e Brooklyn. A Oca é definitivamente parada obrigatória em Manhattan. Os brasileiros que moram na cidade estão muito satisfeitos em ter finalmente um dos pratos mais tradicionais do Brasil disponível por aqui. Enquanto isso, os americanos fazem fila para provar essa novidade com aparência de crepe branco, textura crocante por fora e macia por dentro.

Thursday, March 14, 2013

Serginho Groisman, Gusttavo Lima e Zeca Pagodinho são as atrações do Brazilian Day NY


 


A festa brasileira que dá a volta ao mundo chega em Nova York no dia 1o de setembro, com a 29a edição do Brazilian Day na cidade. Serginho Groisman apresenta o evento que reunirá pela primeira vez no palco da 6a Avenida,  Zeca Pagodinho e Gusttavo Lima. O mineiro Gusttavo Lima levará para o evento seus hits de sucesso e antecipa: “Eu e Zeca estamos praticamente de malas prontas e já estamos preparando o repertório. Será um show muito especial”. Considerado um dos maiores nomes do samba, Zeca Pagodinho, fala sobre a emoção de cantar para a comunidade brasileira que vive fora do país. “Será como se eu fosse fazer um show no Brasil. Mais de um milhão de corações cantando juntos... Estou ansioso”, diz. Além de Nova York,  a festa brasileira que dá a volta ao mundo este ano passará por outras quatro cidades: Lisboa, Tóquio, Toronto e Luanda. O Brazilian Day Nova York acontece na 6a avenida, próximo à Rua 46, também conhecida como a “Rua dos Brasileiros”.  A festa foi crescendo a cada nova edição e hoje abrange 25 blocos da cidade e atrai mais de 1 milhão de pessoas de diferentes cidades dos Estados Unidos e de outros países. O evento é produzido por João de Matos, o canal internacional da Globo e o jornal The Brasilians.  






Foto 1: Zeca Pagodinho
Crédito: Guto Costa/ Divulgação
Foto 2: Gusttavo Lima
Crédito: André Moreira/ Divulgação
Foto 3: João de Matos
Crédito: Martha Sachser

Friday, July 6, 2012

“A Serpente” de Nelson Rodrigues



By Carla Portella
            Você emprestaria o seu marido a sua irmã por uma noite?
Comemorando o centenário de Nelson Rodrigues, a companhia GROUP.BR traz a Manhattan a última peça do autor. Envolvente e sedutora como todas as obras de Rodrigues, A SERPENTE promete movimentar a Big Apple entre os dias 12 e 15 de julho, no teatro LATEA em downtown. Serão 5 apresentações em português com legenda em inglês.
          A história se passa no Rio de Janeiro, dois casais moram na mesma casa, Ligia e Guida são irmãs. O casamento de Ligia e Décio não vai bem, enquanto Guida e Paulo vivem em eterna lua de mel. Ligia frustrada e infeliz, pensa em se matar, até que sua irmã Guida a impede e lhe propõe uma noite com seu próprio marido...
          Andressa Furletti, Mônica Steuer, Thiago Felix, Modesto Lacen, e Débora Balardini prometem deliciosamente trazer o melhor da arte e da cultura brasileira ao palco. Venha conferir!!!
Teatro LATEA – Clemente Soto Velez Cultural and Educational Center
107 Suffolk Street, 2nd floor, NY 10002 – Ingressos US$ 20.
Dias 12 e 13 de Julho as 8pm.
14 de Julho as 3pm e 8pm.
15 de Julho as 3pm.
          Para outras  informações www.GROUP.BR.COM

Sunday, April 22, 2012

Cartão de agradecimento

O primeiro thank you card (cartão de agradecimento) que recebi foi depois de uma ida minha a um aniversário. Lembro como fiquei surpresa em receber o cartãozinho com a foto do bebê e a mãe dizendo o quanto gostou do presente que eu dei. Havia detalhes como a criança tinha adorando o briquedo e a descrição de qual era o tal. Fiquei impressionada! Como a mãe poderia lembrar quem deu cada coisa? Mais aos poucos fui aprendendo como se faz. E acho que até já comentei em outro post que acabei ficando mais educada depois que me mudei para Nova York. Tem coisa mais delicada e atenciosa do que receber um cartãozinho com um simples "obrigado pela presença", "obrigada por ter tornado a minha festa mais especial", "obrigado pelo lindo presente", "Foi muito generoso da sua parte"? São inúmeras as formas de agradecer. Tem cartão que tem a foto do aniversariante, dos noivos, do bebê que foi batizado. Outros mais simples que encontramos em qualquer livraria ou farmárcia. No fim, não importa se é mais bonito, mais caprichado. O que vale é o sentimento e a disponibilidade que a pessoa dedica em escrever cada cartão personalizado para cada um dos convidados. Hoje em dia eu já sou craque no negócio! Em menos de 10 dias as pessoas recebem o meu thank you card. Só preciso descobrir um jeito de não ter tendinite da próxima vez ;)

Wednesday, April 18, 2012

O Português nosso de cada dia


Em 2006 a paulista Felícia Jennings-Winterle mudou-se para Nova York trazendo um currículo rico na bagagem. A brasileira é professora de Educação Artística, especialista em Educação Psicomotora, musicalização, arte-educação e também Mestre em Educação Musical com ênfase em Cognição pela New York University, onde estudou com grandes educadores como o Dr. David Elliott e o Dr. Howard Gardner. Três anos depois, ela fundou a Escola Ciranda Cirandinhas que hoje é parte da Brasil em Mente (BEM). Além disso, Felícia coordenada as aulas do projeto Brasileirinhos em parceria com o Consulado Brasileiro de Nova York desde 2009.  Como o nome já diz, o objetivo da organização é imprimir o Brasil na mente dos que vivem nos Estados Unidos.

Por que uma escola brasileira em NY?

Por que o Brasil nunca saiu da minha cabeça. Percebi que como educadora eu seria uma profissional melhor na minha língua e com minha cultura.

O que é a BEM? E como surgiu a idéia de criá-la?

A Ciranda veio antes, como escola de música e Português, mas percebi que aquilo não era suficiente. Era preciso se criar um contexto. Na escola é primordial ouvir os pais. Saber suas experiências, dúvidas, filosofias. Foi assim que a organização cultural BEM nasceu. Com a Brasil em Mente fica mais fácil educar brasileirinhos. Também vale a pena ressaltar sobre a nossa  biblioteca infanto-juvenil Patrícia Almeida  com 500 livros, um serviço de apoio aos pais nas questões da educação bilíngue, produção de material educativo e promoção de eventos.


Como as pessoas podem se associar à biblioteca?
A pessoa pode vir até a nossa sede que fica em Midtown, Manhattan, e em breve pelo site. Em 3 semanas comemoraremos o aniversário de 1 ano da biblioteca e com isso lançaremos um serviço de envio de livros pelo correio, que pode beneficiar a comunidade brasileira espalhada pelos EUA.

E a Ciranda Cirandinha? Fale um pouco sobre a escola?
A escola conta com programas durante todo o ano, de pré-escola, extracurriculares e para mamães e bebês. Música, dança e muita cultura são o fio condutor desse trabalho. O foco da organização, e obviamente da escola, é a família.

Crianças a partir de que idade podem fazer parte da escola?
A partir de 6 meses na musicalização e de 2 anos na pré escola. Além disso temos aulas de português para os adultos.

Qual o próximo grande evento que a BEM está organizando?
Estamos sempre promovendo eventos culturais, como festas brasileiras. O próximo será a festa de aniversário da biblioteca agora em Maio. E um grande lançamento em Junho que ainda é segredo. Será uma ótima surpresa!

O seu trabalho é muito bonito e ajuda aos pais brasileiros a manter a língua portuguesa viva dentro de casa. Como é fazer parte desse trabalho?
É muito empolgante e gratificante ser parceira dos pais nesse processo de educar uma criança bilíngue. Fico muito orgulhosa com o crescimento de todos os brasileirinhos. A comunidade ajuda de várias formas. Desde as mães que contribuem com seus talentos, até profissionais do ramo do marketing, autores, artistas, e do consulado de NY.

Qual seu maior desafio?
O maior desafio é a rotina ocupada das famílias. Além disso, lutamos com a divulgação do trabalho para que mais famílias se sintam inspiradas e se empenhem nessa causa.

Projetos futuros?
Nosso maior projeto é expandir nossos trabalhos de maneira que muitos e muitos brasileirinhos se beneficiem. Queremos que estas crianças tenham a oportunidade de conhecer um Brasil cheio de descobertas, de riquezas naturais, histórias e aventuras, e que elas possam se orgulhar da herança brasileira.

Mais informações sobre o trabalho da brasileira Felícia Jennings-Winterle no site http://brasilemmente.com ou na sede da escola 2W 47th st Ste 507, New York, NY, 10036. Phone: 347 8939634/ Email:ciranda@brasilemmente.org

Por onde andam os jornalistas Cesar Augusto e Luciana DeMichelli?





Os ex-apresentadores do programa Planeta Brasil, da Globo Internacional contam como está sendo morar longe do Brasil e o que a experiência tem trazido para o casal. Há nove anos morando nos Estados Unidos, os jornalistas Cesar Augusto e Luciana DeMichelli trazem uma bagagem cheia de aventuras, experiências inesquecíveis e bons frutos. 

Por onde anda o casal que iniciou o programa Planeta Brasil*?
Cesar Augusto e Luciana DeMichelli- O casal continua por aqui, nos Estados Unidos. Assim como muitos personagens do Planeta Brasil, nós viemos para ficar um ano e estamos até hoje. A conhecida história de oportunidades, segurança, organização do país e etc. nos fez ficar por aqui.

Como foi a experiência do casal que viajou esse país inteiro conhecendo as histórias dos Brasileiros? 
Maravilhosa! Fizemos grandes amigos, aprendemos muito e hoje usamos as várias dicas que recebemos para deixar a vida aqui mais fácil.

Vocês ficaram quantos anos a frente do programa? E saíram por quê?
Foram cinco anos fazendo o Planeta Brasil. De 2003 a 2008. A experiência foi muito boa, mas com a chegada do Arthur, nosso filho, resolvemos mudar um pouquinho o rumo da nossa estrada. Acreditamos e, continuamos acreditando, que o programa merece 100% de dedicação e carinho. Claro, com a chegada do baby, isso não seria possível. Viajamos muito, por vários países, e seria praticamente impossível manter a mesma qualidade nas reportagens. Foi uma decisão difícil, até porque, ainda hoje temos muita saudade de trabalhar no programa.

O que vocês fazem hoje?
A primeira decisão foi deixar de fazer o programa. A segunda, saber o que iríamos fazer. Como viemos de uma área de comunicação, resolvemos trabalhar com isso na B2 Conteúdo. A empresa é uma agência/produtora multicultural, especializada na comunidade brasileira. A B2 trabalha na área de comunicação, fazendo reportagens, assessoria de imprensa, documentários, campanhas publicitárias, tudo o que se refere a conteúdo para mídia.

Por que decidiram ficar aqui nos EUA?
A gente se faz essa pergunta todos os dias. E, sinceramente, ainda não temos a resposta. Todo mundo que está longe do Brasil pode nos ajudar a responder essa questão. Aqui acabou sendo nosso escritório, mas nossa casa continua sendo o Brasil.



O que marcou a carreira de vocês enquanto fazia parte do Planeta Brasil?  Algo engraçado?
Mil histórias engraçadas. Uma delas aconteceu com o ex-presidente Lula. Ele veio dar uma palestra para os imigrantes em Nova York. Nossa missão era entrevistá-lo e saber o que ele faria pelos brasileiros que estavam fora do Brasil. Pois bem, o assessor de imprensa já tinha avisado que não teríamos nenhum minuto com o presidente. Inconformados, não desistimos. Assim que acabou a palestra, nos juntamos ao pessoal que queria tirar foto com o presidente. Quando nos aproximamos dele para a “tal” foto, falamos no ouvido presidencial: Lula, todo mundo aqui deixou o Brasil com a esperança de um dia voltar ao país… não queremos a foto e sim uma entrevista com o senhor para falar sobre isso. Ele não teve saída e falou ao Planeta Brasil.

Além de vocês serem uma dupla de sucesso no trabalho, na vida pessoal bons frutos já estão aí para comprovar. Falem um pouco para os nossos leitores.
Podem nos chamar de babões. Somos mesmo! O Arthur (5 anos) e a Cora (1 ano) são nossas melhores reportagens! Duas criaturinhas fantásticas. Nos fazem rir, se a vontade é chorar. E dançar, quando a vontade é ficar parado. São eles que movem nossas vidas. E se for para mudar o rumo da história de novo, é só apontar o caminho…seguiremos em frente!

*Para os que moram no Brasil, Planeta Brasil é um programa feito pela Globo internacional sobre os imigrantes brasileiros espalhados pelo o mundo. Portanto, só é exibido na Globo Internacional, ou seja, quem está no Brasil consegue assistir.


Saturday, November 19, 2011

II Encontro de Familias Multiculturais que falam Português, a lingua de herança



II Encontro de Familias Multiculturais que falam Português, a lingua de herança: 20 de Novembro, das 10 -1  da tarde.
O Espaço Família, divisão da BEM que promove discussão, palestras e recursos aos pais e avós interessados no bilinguismo, apresenta o II Encontro de Familias Multiculturais que Falam Português. Em continuação ao sucesso do I˚ Encontro realizado em Maio deste ano, que contou com a participação das terapêutas Martha Scodro e Maria Romani e da profa. Felicia Jennings-Winterle, uma mesa de mães composta por Fabiana Saba, Bela Gil, Paula Homor, Jussara Korngold e Patricia Almeida, além de um video mandado por Gilberto Gil, o II encontro tratará do Português como língua de herança.
Neste evento, os palestrantes serão as terapêutas de família Martha Scodro e Malu Palma, a psicopedagoga Sharon Thomas e a profa. Danielle Berna, que em forma de bate papo com a platéia discutirão como a língua de herança tem implicações no futuro, como forma de enriquecimento cultural e intelectual, mas também no presente, como estreitadora de laços familiares.
Você não pode perder esta discussão super cabeça.

Atividades e serviços envolvidos: Palestra para adultos, atividades paralelas para crianças em um segundo espaço, incluindo brinquedoteca, capoeira e contação de histórias, e cafá da manhã brasileiro para toda a família, oferecido pela Purpurina Parties. Tradução simultânea para os que não falam Português.

Investimento: $35 por adulto, $60 por casal, $10 por criança. Inscrições pelo site: www.cirandacirandinhas.com


Feira do Talento Brasileiro - 3 e 4 de Dezembro, Incrições para exposição até 20 de Novembro
Com o objetivo de promover networking entre a comunidade brasileira e oferecer um espaço para que o profissional de pequeno e médio porte possa expor e vender seus produtos, a organização BEM promove a Feira do Talento Brasileiro.
Nesta, o expositor terá dois dias em Dezembro para vender seus produtos em um local privilegiado no centro de Manhattan e em uma época garantida para o sucesso - fim de ano. O evento será grandemente anunciado na mídia local e no Brasil. Cada expositor paga $90 para obter toda a estrutura de sua loja, incluindo pagamentos em cartão de crédito, mesa, display de marca, e contribui com 20% de suas vendas para os projetos educacionais da organização (Escola Ciranda Cirandinhas). As inscrições se encerram dia 20 e Novembro e a feira acontece nos dias 3 e 4 de Dezembro, das 10 - 4 da tarde.
A feira será uma ótima opção para suas compras de fim de ano. Não perca!

Tuesday, September 13, 2011

Maestro João Carlos Martins em Nova York e Flórida


Momento mágico
História e cultura vão se misturar no palco quando os primeiros acordes forem ouvidos no Broward Center (FL), na noite do dia 22 de setembro, e no Lincoln Center (NY), dia 25. Esses acordes terão a regência do maestro João Carlos Martins, o que torna qualquer evento mais emocionante e especial. Um atrativo dessa vez é o encontro ousado da música clássica com o samba. Na segunda parte dos concertos, a Bachiana Filarmônica SESI-SP vai se apresentar junto a integrantes da bateria da escola de Samba Vai-Vai.
A Vai-Vai é a atual campeã do carnaval de São Paulo e conquistou seu 14º título, em 2011, com o enredo, “A Música Venceu”, que homenageou João Carlos Martins. Homenagens, por sinal, fazem parte da rotina do maestro. Ele já contou sua história no último capítulo da novela “Viver a Vida”, da TV Globo, e teve sua vida registrada por um cineasta alemão, em um documentário chamado “A Paixão Segundo Martins”.  Homenagens futuras também já estão programadas. Devem ser iniciadas em breve as gravações de um filme (produção americana/brasileira), com a direção de Bruno Barreto, sobre João Carlos Martins. Rodrigo Santoro vai interpretar o maestro.
Lição de vida
João Carlos Martins merece todas as homenagens por tudo o que representa para a música e por sua história de vida. Hoje ele realiza um projeto de popularização da música clássica e de inclusão social por meio da formação musical de jovens carentes, mas não foi fácil a caminhada até aqui. No início, a inspiração foi o pai dele,  que adorava música e teve a mão direita decepada na prensa da gráfica em que trabalhava. O acidente aconteceu 3 dias antes da que seria sua primeira aula de piano. Para realizar o sonho do pai, o jovem João Carlos começou a tocar o instrumento. Aplicado, ele chegou a ser considerado o melhor interprete do mundo do compositor alemão Johann Sebastian Bach.
Vários acontecimentos poderiam ter afastado João Carlos Martins de sua grande paixão, mas, como cantou a Vai-Vai, “A Música Venceu”.
Ninguém melhor do que o próprio maestro para descrever tudo o que passou e teve que superar.
“Eu começo meus estudos de piano com 8 anos de idade.
Aos 13 anos iniciei minha carreira nacional.
Aos 18 anos, minha carreira internacional.
Mass aos 26 anos, numa queda (jogando futebol), eu perdi a mobilidade dos dedos.
Então, eu percebi que se eu não usasse, praticamente, o quarto dedo da minha mão direira, eu conseguia recuperar a velocidade.
Depois de 7 anos, de volta, eu comecei a sentir a Síndrome dos Movimentos Repetitivos. Eu tive que me afastar da música novamente.
Voltei a estudar, voltei a me aperfeiçoar e a vida dos sonhos volta.
Mas, saindo de um teatro, sou assaltado. Me bateram com uma barra de ferro na cabeça e todo meu lado direito ficou comprometido.
Um ano depois, eu estava fazendo as tais 21 notas por segundo e volto ao Carnegie Hall, em Nova York.
Infelizmente, após 2 anos, os médicos me chamam em Miami e falam:
“ Nós vamos ter que cortar um nervo da sua mão e você nunca mais vai tocar piano.” Começo uma carreira com a mão esquerda.
Um tumor também eliminou minha mão esquerda.
Formei a minha Bachiana Jovem, a minha Bachiana Filarmônica – as duas agora estão uma orquestra única.
Eu levei a minha Bachiana para o Carnegie Hall, em NY, e começo o Hino Nacional. Quando acabou o hino, que eu viro para a platéia e vejo, lá em cima, as bandeiras do Brasil. Eu agradeci a Deus e ao fato de ser brasileiro e de estar conseguindo fazer música e levar música até o fim da minha vida."
O próximo capítulo dessa história de superação vai poder ser visto no Broward Center, na noite do dia 22, e no Lincoln Center, dia 25.
Apresentações
O maestro João Carlos Martins, sua orquestra Bachiana Filarmônica SESI SP e integrantes da escola de samba Vai-Vai, se apresentam juntos, em um encontro histórico, no Broward Center, em Fort Lauderdale, e no Lincoln Center, em Nova York
Na Flórida, o concerto vai ser no dia 22 de setembro, as 8pm. Os ingressos custam US$ 20.00 e podem ser comprados pelo telefone (954) 462-0222 begin_of_the_skype_highlighting            (954) 462-0222      end_of_the_skype_highlighting ou no site www.browardcenter.org
Em Nova York, no dia 25, o preço é o mesmo e espetáculo começa as 6pm. Ingressos para o Lincoln Center são encontrados nowww.lincolncenter.org ou pelo telefone (212) 721-6500 begin_of_the_skype_highlighting            (212) 721-6500      end_of_the_skype_highlighting.
É, sem dúvida, uma oportunidade acessível para se viver um momento especial e inesquecível.

Sunday, September 11, 2011

O dia que os americanos nunca esquecerão


*Fotos Mariana Cruso 









11 de setembro de 2001 - Eu morava no Brasil e estava dormindo quando escutei os gritos do meu irmão. “Caramba, um avião acabou de bater em uma das torres do World Trade Center em Nova York”. Sai correndo para ver o que estava acontecendo. Logo em seguida o segundo avião. E ele: “É atentado, é atentado”. Ficamos chocados. Até hoje eu não consigo acreditar quando vejo as imagens. Parece cena de filme de ficção. Achei que todo o horror que vi pela televisão era o suficiente para descrever aquela tragédia. Mas aqui o sentimento é infinitamente pior. Quando cheguei em Nova York uma das primeiras coisas que fiz foi visitar o local onde ficavam as torres gêmeas. Fiquei arrepiada ao chegar lá. Até hoje fico quando passo por perto ou escuto algum relato de parentes que perderam entes queridos. Milhares de fotos, cartas, velas e um cenário de destruição. Segundo relatos, há exatamente 10 anos o dia estava lindo. Céu azul, clima perfeito da primavera novaiorquina.
Entrevistei várias brasileiras que moram em Nova York, bombeiros e americanos que perderam familiares. Li várias revistas com diferentes relatos, assisti quase que diariamente documentários sobre aquele dia que o mundo quer esquecer. É triste ouvir as crianças que não conheceram os pais porque ainda estavam na barriga das mães. A única lembrança que eles têm são fotos e vídeos dos que já se foram. Até o meu marido foi entrevistado por mim. Ele é novaiorquino e foi voluntário ajudando as vítimas. Ele estava de férias quando aconteceu o ataque e decidiu se voluntariar doando sangue. Mas eles já tinham sangue o suficiente estocado e pediram para ele ajudar no transporte. Ele levava comida, transportava os médicos de um lugar para o outro. “Apesar de não terem achado muitas vítimas nos escombros, eles precisam dos médicos no local para cuidar dos que estavam na busca por sobreviventes. No dia do atentado, abriram as pontes após meia noite. Só tinha o meu carro na ponte. Parecia uma cidade fantasma. Nunca vi Nova York tão vazia na minha vida. Passei duas semanas vendo pedaços de corpos, pessoas desesperadas a procura dos parentes com cartazes com fotos. Apesar de tudo que presenciei, não sinto medo. Não acho que haverá outro ataque terrorista desse nível e também não tenho pretensão em me mudar para outra cidade dos Estados Unidos. Não podemos deixar que essa tragédia afete as nossas vidas a ponto de viver com medo”, relata Michael McGovern.
Na manhã daquele dia, a brasileira Christiane Valle por pouco não estava em uma das torres na hora do acidente. “Eu tinha que pagar uma conta lá, mas decidi fazer um café da manhã especial para o meu pai que estava voltando para o Brasil naquela noite. Fui até o supermercado e foi quando vi o que estava acontecendo pela TV. Sai correndo para buscar o meu filho na escola mesmo sabendo que ordem era deixá-lo lá por ser mais seguro. Briguei e consegui tirá-lo de lá. Na volta para casa, ouvimos gritos em forma de coral das muitas pessoas que estavam nos telhados dos prédios e tomamos conhecimento da queda da segunda torre.Estive em algumas vigílias com velas e encontros silenciosos com centenas de pessoas. Olha, tudo foi terrível e triste mesmo. O medo imperava e as pessoas estavam muito perdidas. Era uma energia estranha. Certamente esse episódio marcou minha vida e dos que estavam ao meu lado de forma bastante traumática. Contudo, sou da turma que acha que uma violência não justifica a outra. Acredito que é quebrando-se esse ciclo de violências que caminharemos para a paz. Por isso, não comemorei a morte de Bin Laden. Não acredito em vingança como meio de redenção. MariLiza Backstrom conta que quando chegou ao trabalho que era perto da torres, teve que sair correndo. “Eu estava aqui e vivenciei tudo! Um Horror! Vi a primeira torre desabando na minha frente! Parecia o fim do mundo! Não sabia o que estava acontecendo. Estava sozinha, sem comunicação, sem saber pra onde ir, mas continuava correndo e chorando feito louca com centenas de pessoas. Foi um verdadeiro horror. Mas graças a Deus, conseguir escapar”, diz a brasileira.
A ex-modelo e ex-apresentadora Fabiana Saba Sutton, também estava em Nova York quando tudo aconteceu. “Foi realmente horrível. Eu estava dormindo quando ele me ligou. Ele estava muito nervoso e pediu para que eu ligasse a TV. Ele me disse que viu da janela do escritório um avião bater na torre. Então vi que tinha entrado um avião na torre, mas ninguém sabia o porque. Logo depois entrou o segundo e a ligação foi desconectada. Fiquei desesperada pois não sabia quão perto ele estava, e nem o que estava acontecendo. Fiquei com medo. E se fosse uma guerra? Eu estava no apartamento do meu marido, então namorado, e era no 39th  andar e mesmo sendo no Upper East side dava pra ver a fumaça saindo das Torres. Aliás, por dias se viu aquela nuvem cinza da minha janela. Espero que as famílias das vítimas encontrem paz. “E o que era para nos deixar mais fracos, só nos deu força, pois nos tornou mais humanos”, conta Fabiana. Carol Guedes conta que ao sair de casa tomou um susto. “Todo mundo na rua olhando em uma mesma direção. Quando vi as duas torres já estavam em chamas. Escutei na rua dizendo que tinha sido um avião que bateu na torres. Minha primeira reação foi pensar gente que piloto sem noção. E pior o segundo avião que foi de alguma forma ajudar, também teria se atrapalhado. Mas estando nos EUA, pensei que apesar de tudo em poucos dias eles arrumariam os prédios e tudo estaria bem. Não fazia idéia da dimensão do que estava presenciando. Como uma boa turista sempre estava com a minha máquina, e decidi tirar umas fotos das torres, e foi quando vi pela câmera a primeira torre caindo. Não sabia, mas registrei exatamente o momento da queda. Nesse momento estremeci e pensei: meu Deus o que esta acontecendo? O que estou fazendo aqui? Quando a segunda torre caiu escutei um novo ohhhhh das pessoas na rua sem saber o que estava acontecendo”, afirma.


Relembrando o fato
19 terroristas da Al-Qaeda seqüestraram quatro aviões comerciais. Dois bateram nas torres gêmeas em Nova York. O terceiro atingiu o pentágono em Washington. E a quarta aeronave caiu em um campo na Pensilvânia por causa dos tripulantes que lutaram contra os seqüestradores. Quase três mil pessoas morreram.  A brasileira Sandra Fajardo Smith, que morreu na Torre Norte do World Trade Center durante os ataques do 11 de Setembro de 2001. Juntamente com a mineira de 37 anos, o governo brasileiro reconhece como vítimas dos atentados os paulistanos Ivan Kyrillos Fairbanks Barbosa, de 30 anos, e Anne Marie Sallerin Ferreira, de 29 anos, que eram colegas de trabalho no Banco Cantor Fitzgerald, no 105º andar da Torre Norte. A morte do capixaba Nilton Albuquerque Fernão Cunha não consta na lista oficial do consulado brasileiro nem da prefeitura de Nova York porque, segundo o Itamaraty, a família não enviou amostras de DNA para confirmar sua identidade. Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar oTaliban, que abrigou os terroristas da Al-Qaeda. Algumas bolsas de valores estadunidenses ficaram fechadas no resto da semana seguinte ao ataque e registraram enormes prejuízos ao reabrir, especialmente nas indústrias aérea e de seguro. O desaparecimento de bilhões de dólares em escritórios destruídos causaram sérios danos à economia de Lower Manhattan, Nova Iorque. Os danos no Pentágono foram reparados em um ano, e o Memorial do Pentágono foi construído ao lado do prédio. O processo de reconstrução foi iniciado no local do World Trade Center. Em 2006, uma nova torre de escritórios foi concluída no local, a  World Trade Center. A torre 1 World Trade Center está em construção no local e, com 541 metros de altura após sua conclusão, em 2013, se tornará um dos edifícios mais altos da América do Norte. Mais três torres foram inicialmente previstas para serem construídas entre 2007 e 2012 no local das antigas Torres Gêmeas. O Memorial Nacional do Voo 93 começou a ser construído 8 de novembro de2009 e a primeira fase de construção é esperada para estar concluída no 10º aniversário dos atentados de 11 de setembro, em 2011. E as novas torres que estão sendo construídas são consideradas os prédios mais seguros dos Estados Unidos.