Monday, September 29, 2008

Festival Medieval

Ontem foi realizado no Tryon Park, aqui em Nova York o Medieval Festival. O evento acontece apenas uma vez por ano e tem direito a reis, rainhas, plebeus, dragões, cavaleiros, homem com perna de pau e bobo da corte.
É um dia inteiro dedicado a era medieval. A comida é sensacional. Vai desde a coxa de peru gigantesca, até um doce, que tem uma massa parecida com bolinho de chuva, e doce de maçã por cima. Além disso, têm barracas vendendo artesanato, muita música e bastante pessoas fantasiadas.
O duelo de espadas é a atração mais esperada. As pessoas se aglomeram em arquibancadas para assistir e dar boas risadas com a luta cômica. Cavaleiros com armaduras em seus cavalos promovem o espetáculo.
E ainda tem o museu em forma de castelo, The Cloisters, com arte da Idade Média.
Se você perdeu esse ano, não fique triste! Se programe desde já porque ano que vem tem mais.



Saturday, September 27, 2008

Geografia pra quê?

Recentemente escrevi cobri uma exposição sobre a Floresta Amazônia aqui em Nova York. Super organizada e bastante explicativa. Mas a minha maior surpresa foi quando a guia me disse que as crianças chegavam falando que a floresta está localizada na África. Justamente para evitar esse tipo de “engano”, os organizadores colocaram um mapa mundi gigantesco bem na entrada.
E em outra entrevista, uma mãe brasileira me disse que ouviu essa barbaridade de uma das professoras da escola americana: para quê as crianças vão aprender geografia? Só quem precisa saber disso são os militares!

Friday, September 26, 2008

Achados e perdidos


Se alguém perdeu um anel de diamantes, por favor ligar para o número tal. Esse foi um panfleto que uma amiga encontrou em das ruas de Manhattan um dia desses. Acredite se quiser, mas aconteceu mesmo! E em seguida, na mesma semana o chefe deixou o pagamento dela, um cheque de quase mil dólares, pendurado do lado de fora da porta do apartamento. Era tão inacreditável que ela quase tirou uma foto.
É fácil achar bilhetinhos colados nos postes, ou grades de escolas avisando que alguém achou um briquedo ou qualquer outra coisa. Legal isso né?
Recentemente recebi uma amiga do Brasil. Por duas vezes ela deixou o dinheiro cair no chão. Não preciso nem dizer o quanto ela ficou chocada com a preocupação das pessoas que devolveram o dinheiro para ela né?

Saturday, September 20, 2008

O dia mais brasileiro em NY



Sei que está muito atrasado para falar sobre o Brazilian Day, mas as pessoas estão me cobrando e então lá vai:
31 de agosto de 2008 – Saí de casa só porque tinha que cobrir evento. Várias pessoas falaram mal do Brazilian Day. Dizendo coisas do tipo: você só vai ver gente bêbada, mulheres quase nuas, brigas e baixaria. Bom, depois disso vocês imaginam a minha ansiedade em estar lá né? Hahaha. E depois da experiêcia de ir ao show do Chiclete em Newark, eu realmente fiquei com medo.
Mas a minha opinião mudou completamente. Não sei se foi porque fiquei na parte reservada a imprensa, mas não vi nada do que haviam me falado. E olhe que dei boas andadas pelo meio do povão para achar entrevistados interessantes para minha reportagem. O que vi foi gente alegre, saudosa e bebendo um pouco, é claro! O Brazilian Day é um dos poucos dias em que é permitido beber nas ruas de Manhattan.
A medida que as pessoas foram chegando, a polícia foi fechando os quarteirões. Quem entrou, entrou. Quem não chegou cedo, não conseguia mais passar para ficar perto do palco. E se saísse não voltava mais, portanto as pessoas não tinham como comprar mais bebidas. Talvez por isso não vi tanta gente embriagada. Ou vai ver os brazucas só estavam ali para curtir as bandas mesmo e deixaram de lado o álcool!
E sobre as mulheres nuas, tinham umas com o shorts bem curto, mas nada que chocasse. Alguns amigos dizem que eu participei de outro Brazilian Day porque onde eles ficaram tinha gente se pegando de um jeito que dava vontade de fazer a “clássica” pergunta: vai comer aqui ou quer que embrulhe?
O palco foi instalado na sexta avenida, entre as ruas 42 e 43. E o espaço reservado para a “bagunça” verde e amarela ia até a rua 59, onde começa o Central Park. Uma multidão com mais de um milhão de brasileiros vindos de toda parte do mundo compareceu a festa na Big Apple.
Jorge Ben Jor abriu a festa. Em seguida milhares de vozes acompanharam as músicas do ícone da música pop Lulu Santos. Mas quem fez a cidade tremer foi a atração mais esperada do dia, Saulo Fernandes da banda Eva. O baiano relembrou canções como pequena eva e levou a galera ao delírio. Fernanda Lima e André Marques fizeram a apresentação da 24ª edição do evento. Outros globais marcaram presença vip como Alinne Moraes, Flávia Alessandra, Lazáro Ramos, Serginho Groisman e Nívea Stelman.
Gente, eu preciso fazer um parênteses aqui e rasgar a seda para o Saulo Fernandes. Conheci o baiano um dia antes do evento, em um almoço promovido pela organização do Brazilian Day. Ele é um fooooofo! Além de educado, gentil, lindo e humilde. Contei a ele que tenho uma amiga americana que é fã dele e ele ficou todo feliz e falou: cadê ela? Leve ela amanhã. E depois dessa simpatia toda ainda tirou fotinha comigo!
Bom, voltando ao Brazilian Day... eu estava tão ocupada que só me lembrei das comidas típicas que são vendidas no local depois que já tinha acabado tudo! L Dizem que havia opções para todos os gostos, porque euzinha não consegui ver nada. Acarajé, vatapá, feijoada, pastel e outras delícias do nosso país tropical estavam bem pertinho de mim e eu não senti nem o cheirinho. Que absurdo!
E quem pensa que o dia foi só de brasileiros, se engana. A americana Devon Strotel, de 27 anos é fã do Brasil e foi conferir de perto a folia. Ela morou no país por um ano, fala português e ainda diz que pretende voltar em breve. “Eu tenho muitas saudades do Brasil e um evento como este dá muito mais saudades. Morei lá em 1999. Depois disso nunca mais voltei. Hoje estou feliz porque estou me sentindo perto do Brasil. Estou adorando e pretendo voltar ano que vem. Além ter vindo para comer a comida boa, vim ver a banda Eva porque sou fã. Tenho até o cd deles”, explica Devon. E nada melhor do que uma argentina para comprovar que o evento é mesmo um verdadeiro sucesso. Marina Alperro, de 26 anos, nasceu na argentina, mas a mãe é baiana. “Eu adoro o Brasil. Visito todos os anos. Apesar de não ter nascido no Brasil, eu me sinto um pouco baiana. Tenho orgulho de ter o coração metade verde e amarelo”. E não é que a Marina mostrou que tem a bahia no sangue ao dançar e cantar as músicas da banda Eva?
A festa era tão esperada que veio até caravana do Canadá. A paulista Luana platzer, de 29 anos organizou uma excursão e trouxe mais de 50 brasileiros que vivem em Montreal. Ela mora no canadá há 7 anos e pela primeira vez participou da festa. “Organizei a caravana em cima da hora, mas mesmo assim consegui trazer bastante gente. Com certeza ano que vem estarei aqui de novo e pretendo começar a reunir o pessoal uns três meses antes. Assim, quem sabe não trago mais gente.
Já Jonas Júnior, mineiro de Governador Valadares, que mora em Boston, prestigia o evento há cinco anos. E dessa vez ele caprichou no figurino com uma peruca verde chamando a atenção das câmeras e atrapalhando as minhas fotos! Brincadeira Jonas! “O Brazilian Day é a melhor coisa do mundo. Aqui não tem confusão. É um dia de festa e muita curtição. Pelo menos por um dia no ano, me sinto no Brasil”, diz ele.
Eu não podia deixar de citar o Amauri Soares, diretor de projetos especiais da Rede Globo e organizador do evento. Ele me disse que este foi o melhor Brazilian Day de todos os anos. “Esse ano foi sensacional, foi o melhor que a gente já fez. Mas esse resultado deixa uma tremenda responsabilidade para o ano que vem. Já estamos pensando em 2009 e vamos trazer muitas surpresas para a festa ser melhor ou igual a esta. Mas o importante é que Brazilian Day cresce a cada ano. Fica maior, mais complexo, mais forte. E além disso ele não tem perdido a alma brasileira. Isso aqui é a maior festa de brasileiro fora do Brasil. Uma festa de brasileiro para o mundo”, comemora Amauri. Ainda tentei arrancar dele algo, mas ele disse enfático e sorrindo: a festa do que vem é surpresa!
Ah, e no fim da festa, consegui levar a minha amiga americana ao camarim do Saulo e ele se lembrou de mim!!!! E pasmem: ele estava chorando. Segundo a prima dele, ele estava emocionado por causa do show, da receptividade, primeira vez em NY e etc. Mesmo com os olhos vermelhos ele levantou todo sorridente e veio conhecer a Kaitlen. Foi muito legal. Vocês precisavam ver a cara dos dois. Ele, acho que pensava: não é possível que tenho uma fã americana! E ela arriscou até uma frase em português quando a perguntamos o que ela estava sentindo em estar perto dele: É um sonho para mim! ;)
E eu, folgada de carteirinha, ainda aproveitei para tirar outra foto com ele. E disse: se eu já era sua fã, agora sou muito mais por causa da sua humildade. E sabem o que ele fez??? Beijou a minha mão!!!! É um fofo mesmo né gente?

Wednesday, September 17, 2008

Summer

O verão está chegando ao fim. Sinceramente? Graças a Deus! O pior era ouvir: mas você veio do Brasil deve estar acostumada com o calor! O que??? O calor de Nova York é mais ou menos como o calor de São Paulo. É abafado, não tem brisa. Parece que estamos numa sauna!
As pessoas esperam meses pelo verão, mas quando ele finalmente chega, todos querem que o outuno dê o ar da graça. O metrô fica desumano, de tão quente. Dá pena de ver aqueles tiozinhos que ficam nas bancas de revistas nas estações.
Andar pelas ruas só se for de shorts, camiseta e havaianas. As “legítimas” são bem queridas e usadas por aqui. Não existe coisa melhor do que elas durante o calor novaiorquino. Ah, e não dá para esquecer a garrafinha de água. Ninguém quer pegar uma insolação ou se desidratar não é mesmo?
E ficar em casa, só se tiver ar condicionado. Eu mesma tive que providenciar um. Foi o verão mais insurportável que já enfrentei. Mas quem mora aqui há mais tempo diz que este ano foi até generoso. Afinal, em meados de julho o clima já estava mais ameno.
Bom, o melhor de tudo é que estou escrevendo no fim do verão. As folhas secas e amarelas do outuno já estão por toda parte e eu estou adorando isso. Como disse em um post anterior, é sensacional ter as estações do ano definidas, mesmo que algumas delas nos tirem do sério.

Saturday, September 13, 2008

September 11

Na porta do meu apartamento era possível ver as luzes que substituiam as torres gêmeas. Foi surreal imaginar que há 7 anos o World Trade Center poderia ser visto de tão longe. Afinal, eram os prédios mais altos de Nova York.
As milhares de bandeiras pela cidade estavam a meio mastro e a população, de luto. Em cada praça presenciamos homenagens com militares, bombeiros, autoridades e moradores. Achei que eu não fosse me comover, mas só de imaginar que quase 3 mil pessoas morreram naquele dia, dava um aperto no coração. Imaginar que parentes ou amigos daquelas pessoas estavam num dia de trabalho qualquer e simplesmente não voltaram para casa.
O dono da Delicatessen ao lado do meu apartamento é do Paquistão, mas me contou que foi ao Ground Zero com a mãe e que os dois se emocionaram muito lembrando da tragédia. Ele estava realmente triste, apesar de não conhecer nenhuma das vítimas.
E às 8h46 da manhã, no Ground Zero, onde ficavam as torres gêmeas, um minuto de silêncio foi dedicado às vítimas. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg afirmou que a tragédia viveria para sempre nos corações e na história dos americanos. “Hoje recordamos um dia em que o mundo se quebrou”, declarou.




Tuesday, September 9, 2008

A cidade dos loucos

Eu já comentei aqui algumas vezes como é fácil achar gente doida em Nova York, mas hoje eu vi um cowboy no metrô! Além do chapéu e roupa de couro, que tinha direito a franjinha e tudo, ele estava com aquelas botas que têm o ferrinho atrás. Estilo xerife dos filmes do velho oeste. Cômico!
As pessoas que brigam com o vento são as mais comuns por aqui. Outro dia vi um homem brigando com a parede. Na imaginação dele havia mesmo alguém ali, era muito real... se a Globo visse contratava. Ah, e uma mulher alta e forte no metrô dando murros na parede do trem. Resta saber o porquê da revolta!
E ainda tem aqueles que fazem tudo pela religião. São os fanáticos que ficam gritando no meio da rua ao microfone tentando te converter. Ou dizendo que só eles irão para o céu!
Existe também aqueles mais dispostos que colocam o fone de ouvido e ficam no sol de 40 graus, cantando e dançando na calçada. São cenas ilárias!
Fora os loucos de verdade, tem os loucos por trabalho, os apressados, os estressados. Você vai passar por no mínimo cinco pessoas que parecem que estão falando sozinhas, mas estão ao celular (com aquele negócio bem brega preso no ouvido). Gesticulam, falam alto, brigam, gritam... parecem realmente lelé da cuca.